Dilma diz que não vai trocar ministros antes de votação do impeachment

A presidente foi ver o avião cargueiro que está em fase de teste e fará parte da frota da força aérea brasileira.  Vai substituir os aviões Hércules. Na saída, a presidente conversou com os jornalistas. Voltou a dizer que impeachment sem base legal é golpe e que é preciso respeitar as regras para garantir a democracia.

“Nenhum governo conseguirá governar o Brasil se não tiver um pacto pelo diálogo, pela estabilidade política. Se não se respeitarem as regras do jogo. Porque a hora em que você desrespeita uma regra do jogo, você desrespeita o próprio jogo democrático. É isso que está em questão. É por isso que é extremamente grave que desde o início do meu primeiro mandato, do meu segundo mandato, primeiro pediram recontagem de votos, depois falaram que as urnas tinham problema, fizeram auditoria nas uurnas, não apareceu problema nenhum. Depois, sistematicamente tentaram construir mecanismos para me tirar do governo. Como? Um é esse processo de impeachment com base em das chamas pedaladas fiscais de 2015”. A instabilidade pode permanecer de forma profunda e extremamente danosa.”.

O senador Álvaro Dias, do PV, rebateu.  "É uma tentativa de focar em preciosismos jurídicos, discutindo constitucionalidade, e esquecendo a causa de tudo isso que é um monumental histórico escândalço de corrupção".

A presidente também foi questionada sobre a reforma ministerial. “O Palácio do Planalto não está pretendendo transformar qualquer reestruturação reforma ministerial antes do processo de votação na Câmara, nós não iremos mexer em nada”, afirma Dilma Rousseff.

Nesta terça-feira (5), o Diário Oficial trouxe novas exonerações de ocupantes de cargos ligados ao PMDB. No Ministério da Agricultura, um secretário foi exonerado, ele é ligado a Eliseu Padilha, que é da executiva do partido. No Ministério do Turismo, foram duas exonerações, também de secretários de governo.

Nesta terça-feira, o vice-presidente da República, Michel Temer, pediu afastamento da presidência do PMDB. No lugar dele, assume o vice-presidente do partido, o senador Romero Jucá. A assessoria que da vice-presidência disse que Jucá terá mais condições de defender o PMDB, que vem sofrendo muitas críticas.