Manifestantes começam a ocupar Paulista à espera de Lula
18/03/2016 15:54 em VOCÊ NA CIDADE. (Mande seus vídeos

Manifestantes começam a ocupar Paulista à espera de Lula

Ex-presidente é aguardado em ato considerado pelo PT como decisivo contra o impeachment

POR SÉRGIO ROXO, LAURO NETO, TIAGO DANTAS E LUIZA SOUTO

São Paulo (SP) 18/03/2016 - Militantes fazem ato de apoio ao governo de Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva- Edilson Dantas / Agência O Globo

SÃO PAULO - Integrantes de movimentos sociais e simpatizantes do PT já ocupam a Avenida Paulista para o ato pró-governo Dilma, que contará com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de dúvidas, Lula decidiu, na quinta-feira à noite, participar do ato. Ele deve chegar às 18h30m na Paulista. Os manifestantes começaram a chegar à Paulista minutos depois de a Polícia Militar ter dispersado integrantes do movimento a favor do impeachment de Dilma, que desde quarta-feira ocupavam a Paulista.

Um carro de som está toda hora anunciando que ele falará no palco principal do evento, montado em frente ao Masp. Depois da reunião com prefeitos do ABC, Lula se encontrou, em São Bernardo do Campo, com integrantes de movimentos sociais para discutir sua participação no evento de hoje. A Avenida Paulista já está fechada nos dois sentidos.

Nesta sexta-feira, o ex-presidente deixou sua casa em São Bernardo do Campo por volta das 9h30min e se reúne, desde então e a portas fechadas, com prefeitos do ABC em São Bernardo e com o presidente do PT, Rui Falcão.

Mulheres ligadas a movimentos sociais já exibem faixas em apoio a Dilma na Paulista - Agência O Globo / Edilson Dantas

Alguns dos manifestantes que estavam na Paulista foram para a Avenida Nove de Julho, mas logo saíram. Prometeram voltar para a Paulista por volta das 21h, já que o ato do PT deve acabar até as 20h. Policiais militares reforçam a segurança no local.

Mulheres do MST e da Frente de Luta por Moradia (FLM) começaram a chegar por volta das 9h30min a se concentraram no vão do Masp. Há ainda bandeiras da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato dos Professores (Apeoesp). Três carros de som já foram estacionados.

 

O evento está marcado para começar oficialmente às 16h. Lula só deve chegar por volta das 19h.

Lula reunido com prefeitos do ABC em São Bernardo - Twitter/ Rui Falcão

A manifestação desta sexta-feira é considerada como decisiva pelo PT na batalha contra o impeachment. O partido tem a expectativa de reunir até 200 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, para dar uma reposta ao protesto contra o governo, no último domingo. Confira aqui em tempo real.

— Vamos apostar todas fichas no ato — afirma Carlos Árabe, secretário de formação política do PT, que acrescentou ainda: — É decisivo.

Há uma preocupação com possíveis confrontos, e os dirigentes petistas têm dado declarações para apaziguar os ânimos.

— Assim como não perturbamos no dia 13, esperamos que aconteça o mesmo — afirmou o presidente da legenda, Rui Falcão.

Uma preocupação especial dos organizadores é com a segurança do ex-presidente Lula. Falcão disse, porém, que a Secretaria de Segurança de São Paulo concordou em montar o mesmo esquema do do protesto contra o governo no domingo e impedir que grupos rivais se aproximem da Avenida Paulista.

— A maior segurança para ele (Lula) é a militância que vai estar lá. E nós não estamos contando com nenhuma provocação porque nos garantiram o mesmo esquema de segurança.

Um ciclista, vestido de preto, passou pela rua interditada gritando palavras de ordem contra o PT e foi xingado por manifestantes. Em um dos carros de som tocam jingles de Lula e do partido, além de músicas que remetem ao combate à ditadura, como "Pra dizer que não falei das flores", de Geraldo Vandré, e "Cálice", de Chico Buarque.

A dúvida é se o ex-presidente poderá usar a segurança de ministro, já que há contestações jurídicas à sua nomeação. De qualquer forma, Lula, por ser ex-presidente, é acompanhado diariamente por seguranças fornecidos pelo governo.

O presidente do PT garante que se a polícia barrar os manifestantes contra o governo na Paulista não haverá confronto.

— Não vamos nos responsabilizar pelo que a gente fizer — completou Falcão.



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