WhatsApp começa a rivalizar com o Facebook como fonte de informação no Brasil, diz estudo Redes sociais perdem espaço, enquanto aplicativos de mensagem crescem, mostra estudo
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Publicado em 26/06/2017

As redes sociais estão perdendo espaço como fonte de notícia, enquanto os aplicativos de mensagens instantâneas avançam. No Brasil, essa tendência faz com que o WhatsApp comece a rivalizar com o Facebok como fonte de informação dos internautas.

Entre as explicações para o fenômeno está a ultrapassagem dos smartphones sobre os computadores como dispositivo mais usado por internautas para ler notícias pela primeira vez em 2017.

Essas conclusões fazem parte de um estudo produzido por uma parceria entre Reuters Institute e Universidade de Oxford, que ouviu mais de 70 mil consumidores de notícia online de 36 países.

Fontes de notícias no Brasil
Redes sociais, como o Facebook, perdem espaço como meios de disseminação de informação.

As redes sociais estão perdendo espaço como fonte de notícia, enquanto os aplicativos de mensagens instantâneas avançam. No Brasil, essa tendência faz com que o WhatsApp comece a rivalizar com o Facebok como fonte de informação dos internautas.

Entre as explicações para o fenômeno está a ultrapassagem dos smartphones sobre os computadores como dispositivo mais usado por internautas para ler notícias pela primeira vez em 2017.

Essas conclusões fazem parte de um estudo produzido por uma parceria entre Reuters Institute e Universidade de Oxford, que ouviu mais de 70 mil consumidores de notícia online de 36 países.

No Brasil, o uso de redes sociais para encontrar notícias atinge 66% dos leitores online em 2017, o que sinaliza um recuo de seis pontos percentuais em relação a 2016. Nesse segmento, o Facebook é o expoente, tanto que 57% dos entrevistas o usam para esse propósito. Só que esse índice é 12 pontos percentuais menor que o registrado no ano passado.

Para os pesquisadores, a queda na preferência pode ter relação com as mudanças realizadas pelo Facebook em sua forma de organizar as publicações. “Isso pode ser apenas um sinal de saturação do mercado ou estar relacionado com as alterações nos algoritmos feitas pelo Facebook em 2016, que priorizou a comunicação de amigos e familiares sobre o conteúdo profissional de notícias.”

Enquanto isso, o estudo indicou que os apps de bate-papo crescem como fonte de informação. Em todo o mundo, 23% dos consumidores de notícias dizem achar, compartilhar ou discutir notícias por meio desses programas. Entre os vários serviços, o que se destaca é o WhatsApp.

Em alguns locais, como o Brasil, esse movimento é mais forte, já que 46% dos entrevistados disseram consumir notícias por esse app –na Malásia, esse índice chega a 51%. Entre os brasileiros, o índice de leitores que tomam contato com uma informação pelo WhatsApp saltou sete pontos percentuais. Apesar de ter ampliado seu papel como difusor de notícias, o serviço ainda patina em grandes mercados, como o dos Estados Unidos, onde apenas 3% dizem ter acesso a notícias por ele.

De acordo com os pesquisadores, o crescimento no uso dos apps de mensagens para notícias ocorre principalmente na Ásia e na América Latina e são dois os fatores propulsores: privacidade, gratuidade e sigilo da conversa

“Mensagens privadas e fechadas permitem que usuários compartilhem sem medo ou vergonha – compartilham significativamente mais fotos do que em redes abertas como o Facebook”, afirmam. “Muitos desses apps também oferecem criptografia, que é particularmente relevante para a comunicação em mercados onde pode ser perigoso compartilhar informações políticas sensíveis.” Para esses casos, citam Hong Kong e Turquia.

O estudo trata o avanço dos apps de mensagem como uma camada adicional à função das redes sociais. E lembra que o Facebook, apesar de perder espaço como fonte de informação, não tem com que se preocupar. “Essas tendências de múltiplas redes provavelmente não preocupam o Facebook. A companhia possui WhatsApp e Messenger, os dois mais populares apps de mensagem, além do Instagram, que tem incorporado muitas das funções mais populares do Snapchat.”

Fonte: G1

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