Em mais um episódio que escancara a dura realidade enfrentada por muitos jovens maranhenses, a noite da última quarta-feira (16) terminou marcada por sangue, dor e silêncio. Um adolescente de apenas 16 anos teve sua vida brutalmente interrompida por disparos de arma de fogo na Rua Gonçalves Dias, região da Baixada, em Trizidela do Vale – MA.

Arthur de Castro Gomes Santos, morador do bairro Parque Henrique Oliveira, em Pedreiras, foi executado com extrema violência por volta das 21h30. Quando a guarnição da Polícia Militar chegou ao local, após denúncias de tiros, encontrou o corpo do jovem já sem vida, caído no chão. Próximo a ele, estojos de munição calibre 9mm indicavam a frieza e a precisão do ataque.
O médico plantonista que atendeu a ocorrência confirmou o que os olhos já denunciavam: cerca de 20 perfurações atingiram o corpo do adolescente. Vinte marcas que falam de uma juventude ceifada, de uma violência que insiste em se repetir, de uma sociedade que, em muitos pontos, falhou em proteger os seus.

Moradores da área, embora presentes, preferiram o silêncio — talvez por medo, talvez por descrença na justiça. Ninguém soube ou quis informar quem apertou o gatilho.
A Polícia Militar do 19º BPM, junto com a equipe da Polícia Civil da 14ª Delegacia Regional de Pedreiras, esteve no local realizando os primeiros procedimentos. O corpo foi encaminhado ao Hospital Municipal de Trizidela do Vale, enquanto as investigações seguem em andamento.
Mais do que números e estatísticas, a morte de Arthur é o reflexo de um ciclo cruel que insiste em levar jovens para o túmulo antes mesmo que possam escrever sua própria história. Quantos mais terão de partir para que a violência deixe de ser rotina? Quantos sonhos ainda serão apagados antes que a resposta venha?
As autoridades agora buscam identificar e capturar os responsáveis. Mas a pergunta que ecoa é: até quando continuaremos enterrando nossos jovens?
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